Estamos de volta semanalmente com as notícias mais importantes sobre tecnologia e a economia dos EUA. O Insight retorna após umas semanas em off porque que sai de férias neste período em que os americanos celebram o Thanksgiving.
Na próxima eu aviso antes de sumir.
Confira nesse Insight:
A equipe de Biden
Um mergulho nas redes sociais
Uma história de fracasso
Carros elétricos
504 unicórnios
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Resumo do Mercado - Como resumir o mercado americano das últimas semanas em um parágrafo? Notícias sobre as vacinas fizeram tudo subir, a realidade e o desemprego corrigem as coisas um pouco e o Fed, a liquidez dos mercados e otimismo com 2021 fizeram tudo subir novamente. No Brasil, com o final do período eleitoral, o governo deve voltar a pautar reformas, o que ajudou o sentimento positivo do investidor. Somando isso ao fato que os gringos voltaram a comprar na B3 e chegamos à 110 mil pontos na nossa bolsa. Um impressionante rali de final de ano. O dólar opera no nível que estava no pré-carnaval.
Dólar caiu 0,21% para R$5,13 no pregão de sexta.
Índice Pontos Mudança %
DJIA 30218.26| 248.74| 0.83%
S&P 500 3699.12| 32.40| 0.88%
Nasdaq Composite 12464.23| 87.05| 0.70%
Bovespa 113750.22| 1458.63| 1.30%
Política
Finalmente
A equipe de Trump finalmente concedeu a disputa eleitoral, pero no mucho. Trump ainda não concedeu sua derrota, mas a Casa Branca e os funcionários de carreira do governo iniciaram o processo de transição de governo.
A equipe de Trump segue pleiteando nas cortes uma revisão dos resultados em diversos estados. Trump segue dizendo em lives, tweets e entrevistas que as eleições foram fraudulentas. Suas palavras não irão reverter o resultado mas levam uma parte da população a questionar o processo eleitoral e a legitimidade do governo Biden.
Estados acirrados já foram alvo de mais de 40 processos eleitorais sem nenhuma vitória significativa para Trump. Georgia, Arizona, Michigan, Wisconsin e Pennsylvania, já finalizaram a contagem dos votos e certificaram as eleições com vitória de Biden. Bill Barr, o Attorney-General (Procurador Geral) indicado por Trump, confirmou em entrevista que não houve fraude eleitoral e que as eleições foram seguras.
Agora o único local para mistério que poderia resultar em mais um governo Trump seria a anarquia por parte dos delegados do colégio eleitoral no dia 14, quando estes votam. A possibilidade é remota mas estamos em 2020...
Pensando no futuro
Conselheiros de Trump afirmam que em privado o presidente já sabe que perdeu e planeja os próximos passos, seja como personalidade da mídia, militante político e até pré candidato para 2024. Com 74 milhões de votos na última eleição, ele é, obviamente, uma figura popular que pode vir a ganhar outras eleições.
O New York Times divulgou que Trump estuda a possibilidade de conceder um perdão presidencial preventivo para seus filhos adultos, seu advogado Rudy Giuliani (que pegou COVID no final de semana) e para si próprio antes de sair da Casa Branca.
Não é a melhor ótica sair do governo perdoando seu círculo mais próximo, especialmente quando o Departamento de Justiça de Bill Barr está investigando acusações de propina por perdões presidenciais e o estado de Nova Iorque investiga a Trump Organization por fraude fiscal. As investigações estão sob sigilo de justiça.
O novo governo
Biden anunciou algumas pessoas importantes para seu futuro governo. Os destaques vão para Antony Blinken, Secretary of State, e Janet Yellen, como Secretary of the Treasury.
Blinken é sinal de retorno à “normalidade” da diplomacia americana. O diplomata deve retomar alianças com países europeus, Japão e Austrália para combater a influência da China. O governo Biden terá de lavar a imagem dos EUA no mundo para vencer a guerra de influência na América do Sul, África e principalmente na Ásia, onde a China almeja ser (e já é) uma superpotência.
Pequeno parêntesis: Austrália e China estão em pé de guerra (comercial).
Yellen entrará para os livros de história do futuro como uma das economistas mais importantes do século XXI. Ela será a primeira mulher a ocupar o cargo de Secretary of the Treasury, ela foi a primeira mulher presidente do Federal Reserve entre 2012-2016 e entre 1997 e 1999, durante o governo Bill Clinton, foi primeira mulher presidente do Council of Economic Advisors. Ela será a primeira pessoa da história a ocupar os três mais importantes cargos da economia americana.
A economista começará o novo trampo com a difícil missão de tirar os EUA da crise do COVID, que hoje afeta principalmente os mais pobres do país. Mas nada que ela não possa lidar: em análise do WSJ Yellen foi a economista do Federal Reserve que mais acertou previsões durante os anos de 2009-2012, durante a última grande crise mundial.
Yellen é dovish keynesian, sinalizando que o governo deve buscar aumento de gastos e preocupação com o desemprego para sair da crise e deve ignorar o desarranjo fiscal.
Yellen é a famosa mulherão da porra.
Faça o que eu digo e não o que eu falo
O governador da Califórnia Gavin Newsom está sob forte crítica após ser fotografado dentro do French Laundry, um restaurante haute cuisine condecorado com três estrelas Michelin na Califórnia. O preço do menu de degustação? A partir de $310 dólares.
O numeroso grupo celebrava o aniversário de um conselheiro político do governador. Os integrantes não respeitaram as regras de distanciamento nem de atividades permitidas do próprio governador e não usavam máscaras.
Democratas da Califórnia não satisfeitos com um vexame, passaram logo dois. A prefeita de São Francisco, London Breed, cometeu a mesma gafe um dia após Newsom no mesmo restaurante.
O restaurante deve ser bom mesmo, heim?
COVID nos EUA
O mundo respira (de máscara) com certo alívio. As vacinas da Moderna, Pfizer-BioNTech e AstraZeneca-Oxford tiveram excelentes resultados nos testes clínicos e estão sendo submetidas à aprovação para diferentes agências de saúde. O Reino Unido já aprovou a vacina da Pfizer e deve começar a vacinação da população.
Os EUA registram péssimos números de COVID na séxta com 229 mil casos, 2190 mortes e mais de 100 mil internações. Autoridades alertam para a pior fase agora no inverno antes da cura e volta ao normal com a distribuição da vacina.
Tecnologia
Mergulho nas redes sociais
O Twitter finalmente ”seguiu o líder”. Após 7 anos que o Snapchat lançou a função “stories”, já copiada pelas demais redes sociais, o Twitter aderiu à moda das mensagens efêmeras. A rede social quer que os “Fleets” aumentem o engajamento na plataforma e faça com que as pessoas passem mais tempo na rede social. É simbólico que o Twitter tenha sido a última rede a adotar a funcionalidade.
Whatsapp, Facebook e Youtube também copiaram os stories em 2017 e mais recentemente o LinkedIn, em 2020.
O “Passarinho Azul” é visto como a rede social menos inovadora e a que menos atualiza seu “core product”. As ações da empresa comparada ás demais demonstram que o mercado também tem o mesmo sentimento. Investidores têm punido a empresa em relação ao setor já que ela não inova na velocidade das demais empresas, não atualiza com frequência seu produto principal e sua receita não cresce na velocidade das outras.
(Sabe o que poderia crescer? Meus seguidores no Twitter, da uma força aeeee)
Gráfico com retorno das ações das redes sociais americanas listadas na bolsa. Excluindo Microsoft (dona do LinkedIn) e Google (dona do Youtube) por serem diversificadas em outros setores.
Um pouco de história
O Snapchat lançou os stories em 2013 e isso fez com que a então nascente rede social se tornasse febre mundial e um unicórnio. No ano do seu IPO, em 2016, o Instagram copiou o produto, dizimando a ação e o uso do aplicativo.
Após anos em que o valor da ação, crescimento de receita e número de usuários estagnaram, o Snapchat tem tido um ano memorável. Movido pelo seus filtros de realidade aumentada, funcionalidades de realidade virtual e forte adesão com adolescentes, o Snapchat cresceu a receita 52% e o número de usuários em 18% no último trimestre em relação a 2019. As ações acumulam alta de 194% no ano.
Snapchat na minha opinião é a rede social que mais inova e mais se arrisca em novos produtos. Essa combinação é devido ao perfil mais ousado e risk taker da empresa. Olhar na direção que Evan Spiegel, seu CEO, e o fantasminha branco e amarelo apontam (realidade virtual e realidade aumentada, redes mais privadas e menos públicas) é olhar para o futuro das redes sociais.
(Disclosure obrigatório: eu tenho ações da empresa)
Falando em Twitter mas sem esquecer do Facebook
Mark Zuckerberg e Jack Dorsey participaram no dia 17 de novembro de mais uma audiência no senado americano referente a Section 230. (Confira aqui meu texto sobre a importância dessa lei).
Essa audiência, após as eleições, foi mais produtiva e menos politizada. Está muito claro como republicanos e democratas têm preocupações sobre a lei e querem mudanças por razões distintas.
Democratas estão preocupados com “a manifestação de fake news e a falta de controle na moderação de conteúdo” e no papel que o governo e os humanos têm nessa disputa. Republicanos estão preocupados com “viés anticonservador e o silenciamento de conservadores das redes sociais”. Hoje os algoritmos de moderação e os humanos que os criam operam da maneira que as empresas desejam, sem restrição alguma.
Não é garantia que uma mudança na lei não resolveria nenhum dos problemas mencionados, muito pelo contrário. Em um mundo tão partidário, as mudanças devem ser uma cura muito pior do que a doença. O importante think tank Brookings Institute (e quase todo mundo que trabalha em tecnologia) afirma que uma mudança na lei que seja mal feita, principalmente uma que seja partidária, pode acabar com a internet como conhecemos.
Qualquer mudança, se é que haja mudança, ficará para o próximo governo. O presidente-eleito Joe Biden anunciou que está disposto a rever a Section 230.
Foi interessante que Dorsey durante a audiência disse que o presidente Trump será tratado pela política de moderação de conteúdo “normal” após deixar a Casa Branca. As redes sociais isentam líderes políticos de boa parte da moderação imposta a usuários normais e não aplicam violações da política de conteúdo dessas contas . Com isso é provável que a conta de Trump seja suspensa após sua saída da Casa Branca, caso ele viole a política de moderação dizendo algo como “ainda sou presidente” ou “eleições fraudadas”. Zuckerberg disse que não deixará de olhar a conta de Trump pelo tratamento especial.
Trump pelo visto não gostou disso. Na terça (dia 1) a noite quando Trump atrelou atrelou aprovar o orçamento de defesa de 2021 (meros $740 bilhões) que o congresso, de forma bipartidária, com a revogação da Section 230.
Até o momento nem o orçamento foi aprovado nem a lei caiu.
O que veremos nas redes sociais em 2021?
O Snapchat acabou de lançar o “Spotlight” que nada mais é do que a versão da empresa do TikTok. Para se diferenciar o Snapchat irá distribuir $1 milhão por dia para os criadores de conteúdo mais populares da plataforma. Além disso, não será permitido postar comentários nos vídeos do Spotlight, o que ajudará (e muito) a empresa monitorar conteúdo e evitar fake news e cyberbullying numa rede usada principalmente por jovens.
O TikTok e seus vídeos verticais virais (VVV) foram a estrela de 2020 e seu modelo de rede social já foi copiado pelo Instagram (Reels) e Youtube da Índia. Por sinal, o TikTok anunciou que está testando aumentar o limite dos vídeos de 1 minuto para 3 minutos.
A rede que é uma máquina de lançar artistas e emplacar músicas no ranking Billboard das mais tocadas está se posicionado para ser na próxima década o que a MTV foi nos anos 80 e 90.
E Universal Music, Warner Music e as demais gravadoras que se cuidem. Essa é a lista dos artistas que bombaram em 2019 e 2020 que começaram (ou explodiram) no TikTok. Não seria muito difícil imaginar que a empresa representando estes artistas, livrando-se de pagar royalties quando as músicas deles são tocadas no app e ganhando royalties quando as pessoas escutem esses artistas no Spotify ou demais locais.
O Spotify que também fique de olho. Um caminho para o Tiktok crescer ainda mais seria permitir que usuários escutem músicas com base no algoritmo de recomendação de vídeos e que esses clipes de 3 minutos sejam os videoclipes de artistas que estão apenas começando. O artista desconhecido de hoje é o Lil Nas X de amanhã.
Outa via de crescimento para o TikTok será o Facebook e permitir que usuários comprem merchandise destes artistas direto da rede social. A recente parceria com Shopify indica que é justamente isso que a empresa está pensando.
Já a maior de todas, o Facebook, continuará com dores de cabeça. Além de possíveis modificações à Section 230, que mudaria o rumo da internet nos EUA, as empresas de Zuckerberg terão de brigar contra procuradores-gerais de 40 estados que irão anunciar um processo antitruste a nível estadual esta semana.
O Instagram continuará em busca do social commerce, facilitando que os usuários da rede comprem produtos recomendados pelo algoritmo ou influenciadores em um click e sem sair da rede social.
O insta também aproveitou para inovar como influencers colaboram com marcas. A nova funcionalidade perimete que um usuário de acesso para um marca criar um post patrocinado, reduzindo a fricção e o número de mensagens “esse texto tá bom?” antes de uma publicação patrocinada.
A medida diminui a “originalidade” dos posts, mas aumenta a facilidade de criação e monetização de criadores de conteúdo na plataforma. Obviamente, o Instagram lucra no processo. Resta saber se o controle excessivo aumenta ou diminui o engajamento entre usuários
O Facebook vai fundo no caminho do social commerce. Essa semana a empresa comprou a startup Kustomer. A empresa tem software de chatbots (mensagens automáticas) de atendimento ao consumidor preparando suas redes sociais para se tornarem canais de vendas para empresas de todo porte.
Também é um teste para saber quanto o governo “odeia” a empresa. Caso a aquisição, que não é necessariamente no setor das empresas do Facebook, seja investigada por antitruste a empresa sabe que terá uma batalha extremamente dura nos próximos anos e que tudo que ela faz será posto numa lupa.
Em resumo
As redes sociais estão crescendo, mesmo as que normalmente eram um nicho. Reddit, por exemplo, anunciou 52 milhões de usuários e crescimento de 44% em relação ao ano passado.
O mundo está cada vez mais conectado e ser fluente em pelo menos uma rede social será fundamental para os negócios do futuro. Veremos novas redes crescendo e se especializando em diferentes conteúdos (como uma rede só para chefes de cozinha e uma para críticos de cinema) enquanto as maiores (Facebook, Instagram, TikTok, Snap, Twitter) lutam entre si, uma imitando a outra, tentando conquistar nossa atenção.
Fiquem no aguardo sobre novidades no setor.
Créditos: Getty Images
Negócios
O que é o fracasso?
A Salesforce, empresa de software para customer relationship management (CRM) é uma máquina de aquisições; são 60 desde sua incorporação. O M&A ajudou a levar a empresa para o índice Dow Jones e um valuation de $223 bilhões.
A empresa anunciou mais uma aquisição: Slack, uma empresa de software de comunicação em equipes, por 28 bilhões de dólares. Slack é popular entre startups e é competidora do Teams, da Microsoft.
A Salesforce, que recusou uma aquisição da Microsoft em 2015 por $55 bilhões, adquiriu a Slack para que juntas compitam contra a Microsoft pelo mercado de software business to business (B2B).
Mas e aí, onde está o fracasso?
A Slack era inicialmente um estúdio de games que fracassou. Ao apagar os servidores de seu videogame e antes de fechar as portas da empresa, os fundadores tiveram uma última ideia para tentar retornar capital para os investidores. Eles tinham desenvolvido um software de comunicação interno para lidar com problemas de maneira mais eficiente e rápida do que email e eles acreditaram que poderia servir outras empresas. O resto é história $$$$$$
Confira a história completa narrada por Stewart Butterfield, CEO da Slack, no sempre excelente podcast de Reid Hoffman (fundador do LinkedIn), Masters of Scale.
There is no bad week when you are good
Com a disparada das ações da Tesla e muita bobagem postada no Twitter (correlacionados?), Elon Musk se tornou o segundo homem mais rico do mundo. Ele também foi presenteado com o Axel Springer Award pelo seu trabalho. Confira o perfil “do pai” na revista Vanity Fair.
Novembro foi cheio para Musk. SpaceX lançou novos astronautas para a estação espacial e a Tesla vai entrar para o prestigiado S&P 500. Essa operação será uma dor de cabeça para traders já que com seus incríveis $555 bilhões de market cap a empresa entrará para o índice com cerca de 1% do peso, movimentando ao redor de $100 bilhões em trades em um só dia (talvez dois).
Falando em carros elétricos:
A GM anunciou que irá investir 27 bilhões até 2025 para lançar 30 modelos de carros elétricos. A montadora também anunciou que abandonou seu investimento na Nikola, startup de carros elétricos que acumulou acusações de fraude e cujo o CEO, Trevor Milton, renunciou após acusações de assédio sexual.
O Reino Unido se posiciona para banir a venda de carros e vans movidos a Diesel até 2030.
Olha, eu amo a Tesla e acredito que os carros elétricos são o futuro . Eles são uma boa maneira de combater o aquecimento global, mas banir a venda de outros tipos de veículos é meio extremo.
Carros elétricos são mais caros (por enquanto) do que modelos com motor a combustão. Serão necessários grandes avanços na produção de baterias e armazenagem de eletricidade para mudar essa dinâmica.
Além disso, há problemas como a demora para recarregar o veículo, o que os torna impráticos para certas situações. Há também a dependência de atualizações de software e possibilidades de ataques cibernéticos.
Muitas vezes a rede elétrica para recarregar os carros não é sustentável, substituído seis por meia dúzia. No Reino Unido aproximadamente 45% da eletricidade é renovável. A porcentagem vem crescendo mas a demanda e o consumo por energia também.
Será que os carros esportivos e o famoso ronco do motor deixaram de existir? O que você acha dessa decisão?
Phar-mazon
A frase “A Amazon vai entrar no seu ramo de negócios” é o mais próximo que o mundo empresarial tem de uma história de terror.
Agora é a vez das farmácias terem medo. Bezos e sua equipe lançaram nos EUA uma farmácia virtual. Membros da Prime ganharam descontos significativos ao pedir medicamentos, mas a loja virtual está aberta para todos os consumidores.
Executivos da Walgreens e CVS esconderam o medo da ameaça dizendo que farmácias são muito mais do que apenas pontos para buscar seu medicamento. As lojas oferecem consultas, especialistas, pontos de vacinação e um local que você não precisa esperar dois dias para receber o xarope para seu filho doente.
A verdade é que eles vão dormir com a luz acesa e com medo do bicho papão:
Outras notícias:
Boeing: Após 20 meses sem voar a FAA (ANAC americana) deu autorização para o Boeing 737 Max voltar para os céus. O modelo esteve envolvido em dois acidentes entre 2018 e 2019. Investigações mostram que a Boeing e a FAA falharam na construção e processo de aprovação do modelo, respectivamente, e no treinamento dos pilotos, em conjunto. (Fiz um trabalho na faculdade sobre este episódio. Aoo Pedro, leitor da newsletter e colega no projeto)
Apple: A empresa irá reduzir de 30% para 15% a taxa que cobra na App Store para desenvolvedores com menos de $1 milhão em vendas.
Realidade Virtual: O mercado de realidade virtual será uma indústria de $149 bilhões em 2025. Em 2017 era de meros $4 bilhões.
Xiiiiii: O WSJ afirma que o Presidente da China, Xi Jinping, autorizou pessoalmente a investigação que culminou com a suspensão do IPO da Ant Financial.
Venture Capital
Cavalaria
Existem 504 unicórnios no mundo, de acordo com a CB Insights. O valuation somado dessas startups é $1,59 trilhão, mais ou menos uma Amazon. Vamos dar atenção especial para dois destes unicórnios essa semana.
FreshDirect, um supermercado online, foi adquirido pelo conglomerado holandês Ahold Delhaize. O valor da operação não foi divulgado.
A empresa fundada em 2000 é bem forte na cidade de Nova Iorque. A Instacart, competidora com market share maior do que FreshDirect, levantou dinheiro em uma rodada de venture com um valuation de $17 bilhões algumas semanas atrás. Por comparação, podemos imaginar a ordem de magnitude da transação da FreshDirect.
Líderes no setor de supermercado estão apostando que o delivery veio para ficar e quem não for forte no setor irá ficar para trás. Walmart, Target, Amazon e outras têm visto crescimento recorde na venda dessa categoria nos seus respectivos canais de e-commerce.
Stripe, fintech que processa pagamentos na internet, planeja levantar uma rodada de pelo menos algumas centenas de milhões de dólares num valuation entre 70 - 100 bilhões.
A empresa é no momento a 4a startup mais valiosa do mundo e poderá alcançar o segundo lugar do pódio.
Eu já escrevi sobre a empresa liderada pelos irmãos irlandeses Patrick e John Collison algumas vezes. A startup é a mais querida entre alunos de faculdades de engenharia, tem sido chamada de novo Google por venture capitalists de respeito e atrai o melhor talento para suas divisões.
Além disso, e o que mais importa, a startup tem um produto fantástico que faz parte do futuro: um excelente processador de pagamentos para lojas e serviços virtuais, o gasoduto para o novo petróleo - os dados - da economia online.
Fato avulso: A Stripe também é uma editora de livros. As publicações são focadas em tecnologia, futuro, e progresso da sociedade.
A lista de leitura de Patrick Collison é a Vogue do mundo de startups, você precisa ler (alguns) destes livros pra ser cool e ter o papo em dia.
Eu escolhi Power Broker sobre Robert Moses, o controverso arquiteto da infraestrutura e planejamento urbano de NYC e seus subúrbios.
Conversa de Bar
Reclamando de vacina?
Você que está achando ruim dar o braço pra tomar a picada da vacina confira “curas” inusitadas que já foram usadas na história. Melhor uma seringa do que clorofórmio para a asma...
Em uma notícia que só poderia vir dos Alpes
A Suíça irá corrigir uma brecha em sua legislação que permitia que corporações registrassem propinas como uma despesa a ser descontada do imposto de renda.
Recomendação da semana: Confira as fotos de um prêmio de fotografia de paisagens. Só lugar incrível.
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Ricardinho, eu ADORO as suas newsletter!! Além de muito bem escritas, tem um certo humor discreto e faz um rápido wrap up desse mundo que a minha geração às vezes deixa passar. PARABÉNS!!!
Na biografia, é dito que a agora ex Bezos, se apaixonou por ele, por cauda da risada !!